terça-feira, 25 de novembro de 2008

Pesquisa em Arte


O Presente projeto trata-se de uma pesquisa em Arte, na qual será apresentado o caminho que foi percorrido até que se chegasse a um produto final, neste caso um Móbile em forma de um grande cubo, composto por 27 cubos menores, que fazem referência tanto idéia de móbile de Alexander Calder, quanto ao trabalho de Piet Mondrian.

A pesquisa teve início durante as aulas da disciplina Fundamentos da Linguagem Visual, e a princípio não fazia idéia de qual seria o objeto de estudo.

            Pesquisando sobre como trabalhar um pouco mais com as harmonias cromáticas, visto que já havia feito alguns trabalhos sobre o assunto, pensando uma forma de apresentá-la com outros materiais, resolvi pesquisar um pouco nas páginas da Internet a respeito da op art. Em meio à pesquisa, deparei-me com o nome do artista americano Alexander Calder, um dos principais artistas do movimento. Fiquei fascinada pelo seu trabalho com os móbiles. Então comecei a pensar em como poderia usar o trabalho de tal artista sem, no entanto, fazer uma mera cópia.

De acordo com o site Itaú cultural (2005):

 

 

As pesquisas abstratas de Calder se beneficiam da abstração geométrica de Piet Mondrian (1872 - 1944), cujo ateliê ele visita em 1930. A ambição de Calder é levar a construção abstrata para o espaço, o que o leva a definir seus trabalhos como "Mondrian móveis", embora a influência de Miró sobre seus móbiles também seja evidente.

 

 

Ainda segundo o site, se Calder, como Mondrian, também anseia por uma arte que siga as leis matemáticas do universo, para ele esta não poderia ser estática, mas dotada de movimento, como o próprio universo.

Quando apresentei para o professor a idéias de trabalhar com Alexander Calder, me foi sugerido pesquisar também a respeito do trabalho da Lygia Clark, artista brasileira que teve como um de seus trabalhos uma série de esculturas intitulada "Bichos", esculturas feitas em alumínio, possuidoras de dobradiças, que promovem a articulação das diferentes partes que compõem o seu corpo, o que permite uma interatividade entre o público e a obra, desmistificando a idéia de que a arte seria algo intocável, apenas para ser observada.

Depois de pesquisar sobre o trabalho desses artistas, cheguei à idéia de construir uma espécie de móbile. Como Calder recebeu grande influência de Mondrian, optando pelas cores primárias e pela formas geométricas, pensei em um móbile que fizesse referência a tal artista.

O móbile será composto por 27 cubos com 20x20cm cada, os quais estarão presos a fios de nylon (em cada fio estarão três cubos) sendo, portanto, um total de nove fios amarrados a uma estrutura também de canos de pvc que será presa ao teto, e fixada no chão. Os cubos serão pintados com as cores primárias, branco e preto. O espectador poderá girar cada cubo buscando compor o grande cubo da maneira que preferir, assim também poderão fazer parte da obra.

O móbile como um todo remete ao brinquedo Cubo de Rubik, também conhecido como cubo mágico. Ao movimentar os cubos ao redor de seu próprio eixo, teremos cores e forma que nos lembram o neoplasticismo de Piet Mondrian.



REFERÊNCIAS

Associação Cultural O mundo de Lygia Clark. Disponível em: http://www.lygiaclark.org.br/acesso em: Novembro de 2008.

DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual: tradução Jefferson Luiz Camargo. - 3ª ed. - São Paulo:MartinsFontes, 2007.

http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=4627

 

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